quinta-feira, julho 26, 2012

Aspectos subliminares da informação e da desinformação estratégica

A contrainformação é desejável pelos inimigos da democracia, que se utilizam de uma pseudo desinformação como estratagema instauradora da dúvida e da descrença
Taça Fares LopesTornou-se difícil para eu abordar assuntos que se originem de críticas à Federação Cearense de Futebol, não porque dela eu seja o Ouvidor Geral, mas pela descrença generalizada das pessoas, sobretudo quando o pano de fundo é política e futebol. Entende a grande maioria que o partidarismo é uma mácula e daquelas que ninguém consegue livrar-se. E o pior, as pessoas tomam isso como verdade absoluta. Embora pisando em terreno sempre minado, não me furtarei de tecer alguns comentários sobre a atual Taça Fares Lopes, que já foi Copa Unimed Fortaleza, para desprazer de muitos cronistas esportivos.
Nossa imprensa não é muito chegada a esclarecer, tendo até mesmo aqueles que, cinicamente, admitem que prefiram confundir. E o fazem a pretexto de que esclarecer não lhes dá tanta audiência quanto confundir e polemizar. Portanto, dessa turma não podemos esperar que discutam com seriedade os temas relevantes do futebol cearense, preocupados que estão com a espetacularização do que é e do que não é notícia. Para estes, comunicação social é o resultado das pesquisas do Ibope.
fcf1Independente de qualquer questão judicial que possa ter ajudado a viabilizar mais uma competição para alguns dos clubes (talvez times fosse a designação mais adequada) de futebol profissional do estado do Ceará no segundo semestre de cada temporada, o fato é que as precondições reivindicatórias já existiam. Portanto, todo um processo de sensibilização no meio futebolístico era uma condição preexistente. Logo, dizer-se que a criação de mais essa competição por parte da FCF foi uma imposição de quem quer que seja, constitui, quando muito, uma meia verdade. Essa, pois, é uma conquista que deve ser dividida com todas as entidades, pressuposto que não exclui a Federação.
Enquanto a imprensa mantiver a atitude pretensamente política de transferir a responsabilidade pela má gestão dos clubes cearenses para a Federação que os representa, mais tempo levará para que os dirigentes desses arremedos de clubes tomem consciência do mal que fazem para os clubes ou times que dirigem.
Há que se ter cuidado, pois percebemos claramente que hoje subsiste ao lado da comunicação um espectro de contrainformação e desinformação, que contradiz e tenta desacreditar o que é verdadeiramente informação.

quarta-feira, julho 25, 2012

Treinador PC Gusmão tem opção pouco convencional para a vaga de Mota

Para o lugar do atacante e capitão do time alvinegro, há mais alternativas além das que se mostram  
Por: Benê Lima 

É comum se buscar no elenco opções de substituições que representem menor esforço. Isso se mostra uma prática comum não só à maioria dos treinadores, mas à grande maioria dos comentaristas. A razão para isso é a falta de uma mais apurada cultura tática, sobretudo em nossa crônica esportiva (a cearense). 
Em não podendo contar com o atacante Mota, PC Gusmão se vê às voltas com dificuldades para encontrar um substituto para esse atleta. A primeira opção seria o aproveitamento de Romário, no qual muitos (senão todos) apostaram. Observando as ponderações lúcidas de alguns colegas, nelas observei a preocupação de uns poucos, pelo que poderia representar a presença da dupla Romário e Itamar. Pude depreender um sentimento comum entre esses poucos de que a presença da dupla representaria, em tese, uma séria limitação criativa ao setor ofensivo da equipe alvinegra - posição com a qual concordo. Neste ponto, contudo, vale uma informação de penúltima hora: Romário passou a ser dúvida para enfrentar o Paraná Club. E de última hora, fazemos o registro que PC Gusmão poderá contar com Misael.
Outra alternativa a ser seriamente considerada, é o ingresso na equipe do recém contratado Hugo Cabral, jogador cuja característica marcante é a de jogar pelos lados do campo, mas que tem como ponto fraco a finalização.
Alternativa pouco considerada seria ainda o aproveitamento de Henrique Dias, mas falta a este a velocidade para ser o jogador que atuaria pelos lados do campo, convertendo-se fundamentalmente em garçom.  
Diante das circunstâncias do momento, vale, mais uma vez, assim como o fizemos para o reaproveitamento de Leandro Chaves, sugerirmos alternativas. E, dessa vez, a sugestão recai sobre Rogerinho. E aí, hão de questionar: Mas como, Rogerinho já não é titular? Sim, ele é titular. No entanto, nossa sugestão é fazê-lo o atacante número dois, vindo de trás, a partir de uma plataforma tática 3-6-1, ou, quem sabe, 4-5-1, desse modo abrindo uma vaga no meio-campo para outro meia (de preferência de armação), que poderia ser o Thiaguinho.
Desse modo, do meio para a frente, o time contaria com a a seguinte formação: João Marcos e Heleno (ou Jardel); Leandro Chaves, Thiaguinho e Rogerinho; e Itamar.
Foto: Xandy Rodrigues 

Federação Cearense de Futebol e Liga Cearense de Futebol Feminino celebrarão convênio para o desenvolvimento do futebol feminino no Ceará

 
Em reunião acontecida na tarde desta sexta, 20, na sede da Federação Cearense de Futebol (FCF), estiveram reunidos presidente e vice-presidente da Liga Cearense de Futebol Feminino (LCFF), Benê Lima e Sérgio Ricardo, respectivamente, com o presidente da FCF, Mauro Carmélio, onde ficou acertado a celebração de um Convênio entre as duas entidades, com o objetivo do desenvolvimento do futebol feminino no Estado do Ceará.  
O convênio prevê um regime de cooperação entre as partes, além do aporte do conhecimento técnico-científico sobre a modalidade futebol feminino que a LCFF detém, tanto no aspecto da administração das competições e conhecimento das iniciativas do setor, quanto na promoção de eventos a ele ligados.   
Slide de um dos eventos da Liga Cearense de Futebol Feminino 
A LCFF, com a chancela da FCF, fará o cadastramento dos principais núcleos que trabalham com o futebol feminino, deles coletando dados e a natureza (características e dificuldades) das atividades desenvolvidas. Tal iniciativa será empreendida inicialmente na Região Metropolitana de Fortaleza, para numa segunda fase estender-se às demais regiões do Estado do Ceará.  
 
Outra novidade, é a pretensão da FCF em criar mais uma competição na modalidade futebol feminino, preferencialmente Sub-17, que estimule o trabalho de base e a tão necessária renovação.  
Mais uma novidade no campo das iniciativas, é a possibilidade de abertura do Campeonato Cearense de Futebol Feminino 2013, para clubes (times) filiados e não filiados.  
No campo político-institucional, é pretensão da FCF ter representação junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para exercer liderança nacional sobre o futebol feminino. Para isso, já pensa em moldar um projeto global para a modalidade.  
(Benê Lima)

quinta-feira, março 11, 2010

quinta-feira, agosto 27, 2009

terça-feira, março 10, 2009

Visão caolha

“Futebol não é esporte, e sim manifestação cultural.” Será?

Dizem os que falam em nome do Partido dos Trabalhadores (PT), que o futebol não deve ser visto como esporte, já que é uma prática comum e que se vê em todos os lugares.

Eis, pois, uma meia-verdade. Mas o problema maior é saber que essa que já não é uma verdade por inteiro, na metade que se lhe é atribuído um caráter verdadeiro, o PT dela se aproveita para livrar-se de ter que fazer mais esse investimento.

Aliás, talvez o grupelho dos ‘evangelitistas’ comungue da visão protopetista. Pois, na Câmara Municipal de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, atribui-se ao atual presidente daquela casa legislativa, a mesma linha cartesiana e o mesmo caráter discricionário. Ou seria melhor discriminatório?

Pela mundo afora, o futebol é encarado como ferramenta de inclusão social, como instrumento de combate ao preconceito, como oportunidade para aplacar as desigualdades sócio-culturais e econômicas, enfim, como meio para construir melhores níveis de cidadania.

Que os que fazem o PT conheçam projetos desafiadores como o Changemakers, da Ashoka e Nike, do qual participa a Liga Cearense de Futebol Feminino – a LCFF.

Clarimundo clareia


A entrevista abaixo, foi feita no ano passado, 2008, e em muito revela o estilo de Clarimundo D’Oitiva. Repare.  
Entrevista com Clarimundo D’Oitiva, personagem irônico, sarcástico que permeia o futebol cearense 
BB- Clarimundo, qual a sua visão do episódio que marcou a cessão do Castelão para o treinamento do Corinthians?
CD- Olha, o futebol tem uma lógica própria, porque envolve paixão. Ceder o Castelão para um time de fora e negar para o daqui, representa a quebra dessa lógica e por isso tal atitude representa uma afronta, tanto para Fortaleza quanto para Ceará. É o mesmo que abaixar a calça e ficar com a bunda de fora em disponibilidade.
 
BB- Mas não seria deselegante não permitir ao visitante um treino de reconhecimento do gramado, das condições do campo de jogo enfim?
CD- Não, não! No futebol o acirramento da disputa vai além do que se passa dentro de campo. Uma negação acompanhada de um bom argumento e com o oferecimento de um outro campo – o PV, por exemplo – seria demonstração de boa educação.
 
BB- A que você atribui, então, a atitude desigual da administração do Castelão?
CD- Eu penso que começa na nossa ancestralidade, passa pelo nosso subdesenvolvimento e se sedimenta no nosso complexo de vira-lata. Isso acaba nos tornando subservientes e provincianos. Mas o pior mesmo é imaginar que essa situação vem de quem deveria ajudar a formar nossa personalidade como cidadão e como povo.
 
BB- Ao episódio do qual já falamos, se seguiu um outro ligado à administração do Castelão e Polícia Militar, envolvendo a localização dos torcedores do Corinthians. Como você viu esse problema?
CD- Ele me faz lembrar aquela velha analogia que representa o País como o corpo humano e elege um certo estado da federação como o (...) ânus. Nós, que na analogia também circundamos aquela região, estamos tentando ser o esfíncter anal, aquele que regula o tráfego intestinal. Como se não bastasse, é só ver a baixeza dos apaninguados da secretaria de esportes, que só faltaram despir a delegação corintiana.
 
BB- O Fortaleza é uma vítima nesses episódios?
CD- O Fortaleza é vítima da falta de profissionalismo de sua dedicada corriola. Não basta gostar do clube para fazer ele caminhar balizado pelo profissionalismo. Para agir profissionalmente é preciso ser do ramo, estar no ramo e aprender como se colocar e como agir dentro dele ‘full time’. Da administração do Castelão, todos nós temos sido vítimas. Primeiro se faz necessário definir os termos de um contrato de aluguel do estádio, onde fique claro o que é de responsabilidade do poder público, dos clubes e da federação. Isso deve sempre levar em conta o interesse dos clubes que são o fato gerador de qualquer receita. Depois é preciso definir claramente o papel da segurança pública (entenda-se PM) e de representantes de órgãos como AMC, bem como o limite da segurança privada dos clubes. Se deve buscar uma sintonia dessas instâncias.
 
BB- Como você analisa a atuação da Polícia Militar.
CD- No futebol ele (o trabalho) deixa muito a desejar. São incontáveis os incidentes que os nossos PMs demonstram despreparo. A própria corporação, através de muitos dos seus oficiais, reconhecem a situação de penúria e o descompasso entre as necessidades da população e aquilo que o aparelho policial pode oferecer. Não há verba para o básico em se tratando de policiamento em praças esportivas. A verba mal dá para o custeio. E o que é pior é que o viés político tem estado muito presente na corporação, a ponto de os mais preparados serem preteridos, se dando chance para alguns menos preparados.
 
BB- Dentro desse contexto de carência na PM, ainda há algo que possa ser feito?
CD- Não tenho a menor dúvida que a operacionalização do trabalho da PM pode ser melhorada sim. Nós temos percebido que cada vez mais seus representantes – não sei se seguindo orientação do comando – se rendem à lei do menor esforço, chegando ao ponto de, numa atitude extemporânea e sem paralelo, terem causado prejuízo ao já combalido cofre do Fortaleza Esporte Clube. E não há como aceitarmos o argumento utilizado como justificativa para a ingerência praticada pela PM contra os promotores do espetáculo entre Fortaleza e Corinthians. A determinação de cima para baixo de dar destinação diversa às dependências do estádio soou como se vivêssemos um estado de sítio ou equivalente. Lastimável! Em um regime democrático a PM deve ter outro tipo de postura. Constitui um engessamento despropositado uma orientação e uma ação tão conservadora quanto a que a PM vem adotado, contribuindo para desfigurar (enfear) o espetáculo futebol. Não pode bandeiras com mastros, não pode isso, não pode aquilo... E os bandidos dentro dos estádios assaltando o torcedor, impondo marcas e praticando, sob a proteção do Estado, a ilegalidade da ‘cartelização’ e de preços abusivos.
 
BB- A ideologia política tem atrapalhado o desempenho das administrações também no futebol?
CD- Com certeza. Quando você se define politicamente, isso provoca uma espécie de reação em cadeia. É como contar uma mentira e depois ter que inventar outras sete (que é a conta do mentiroso) pra criar relações de coerência entre elas. A visão neoliberal tem revelado ao longo do tempo que a diminuição irresponsável das atribuições do Estado tem gerado uma ‘desumanização’ dos gestores públicos, que transportam os valores da iniciativa privada sem adaptá-los às peculiaridades inerentes ao setor público. Isso tem gerado sérias frustrações a até conflitos entre as expectativas da sociedade e o desempenho governamental. No caso específico do Castelão, a administração só quer atuar nas questões que lhe dê visibilidade midiática imediata. E quanto a essa estória do administrador torcer por clube A ou B, essa é uma prerrogativa inerente a cada pessoa, mas não à pessoa do administrador no exercício de sua administração. Me dá nojo esse tipo de conduta parcial, tendenciosa. Entendo que o mais valioso diferencial do ser humano é a boa formação de seu caráter. Dá pra desculpar um monte de coisa: o mau-caratismo não dá porque não tem remédio pra ele. 


Mundão: Olá!!!

Cheguei!
Vim, vi e... detonei! (descartesiando)

Detonar(?) nem sempre é preciso.
Tentar mostrar o ERRO, o EQUÍVOCO, o ENGANO, o ENGODO,
isso é preciso, é preciso sempre.
E se não pode ser sempre, que se faça sempre que possível.

Não me escondo sob o heterônimo, sob a personagem.
Quem sabe, não seja a personagem que se serve de mim...
É, talvez, uma relação atávica, ou quem sabe, simbiótica.

Viremos a página.


domingo, março 08, 2009

Olá, Mundão!

Clarimundo D'Oitiva está chegando.

Aguardem!

Sob - e não sobre - o manto negro deste blog,
ele fará suas aparições, ora usando um linguajar
mais rebuscado, ora uma escrita mais para o esculacho.

Como lhes disse,

aguardem!